Descendente de família de poetas, seu tio-avô pelo lado materno era repentista. Trata-se do senhor Francisco Salustino que viveu numa pequenina deslumbrante cidade potiguar, chamada Serra de São Bento. Marciano nasceu em Santo Antônio/RN aos 18 de setembro de 1973. É filho de João Batista de Medeiros e Francisca Viana Salustino Medeiros. Herdou o gosto pelo cordel do seu pai que lia e cantava os clássicos deste gênero literário para os filhos.
Em 2011 o autor ficou em quarto lugar num concurso de cordel promovido pelo Centro de Tradições Nordestinas, sediado no Estado de São Paulo. Já publicou vários cordéis biográficos onde homenageou personalidades ilustres a exemplo de:
Teotônio Vilela–o Menestrel das Alagoas, Diógenes da Cunha Lima–o poeta do Baobá e presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras, a índia potiguar Clara Camarão, a poetisa paraibana Rita de Cássia Soares, o jornalista Joaquim Pinheiro, Os Nonatos, Ivanildo Vila Nova, o ex-governador do Rio Grande do Norte Vivaldo Costa, o deputado Antônio Jácome, Luiz Gonzaga e o poeta Abaeté, entre outros. Sobre Luiz Gonzaga Marciano participou de uma equipe de catorze poetas da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de cordel, numa bonita homenagem feita ao Rei do Baião.
Marciano disse que aprendeu a fazer as biografias ouvindo trabalhos elaborados por repentistas, a começar por seu primo o poeta Helânio Moreira. Na fase inicial o escritor mencionou que escrevia por instinto sem conhecer os princípios básicos do cordel que são: rima, métrica e oração. Depois tendo contatos por e-mail com o cordelista Varneci Nascimento, isto ajudou o autor a tirar frases sem sentido de algumas estrofes e a ter um cuidado redobrado na revisão dos textos. Hoje Marciano Medeiros se considera um colecionador dos mais marcantes romances em cordel, principalmente os de Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá de Lima, José Camelo de Rezende, Manoel D`Almeida Filho e Antônio Teodoro dos Santos.
Seu trabalho em cordel de maior destaque até agora, é “Vida e Morte de Lampião”, no qual relata em versos as últimas 24 horas do famoso cangaceiro. Seu romance sobre Virgolino Ferreira da Silva, será publicado pela Editora Luzeiro, estando a obra em sua 3° edição. O poeta é membro da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel, onde ocupa a cadeira de número 31, cujo patrono é o poeta Luiz Gonzaga Felipe Nerís.
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