Rio Grande do Norte
Destaque no blog da Thaisa Galvão
Toda eleição é assim.
Nem bem são revelados os resultados das urnas, já se começa a discutir a próxima.
Dessa vez, no Rio Grande do Norte, não há como não se discutir as próximas.
De 2016, de 2018, de 2020.
Tudo por causa da eleição da deputada Fátima Bezerra (PT) para um mandato de 8 anos no Senado, com margem para ela tentar, arriscar, correr atrás…e não correr riscos.
Fátima é a bola da vez na política potiguar.
É a aliada número 1 do Planalto e só perderá o posto para o próprio Planalto, se as denúncias que envolvem a Petrobras e já acenaram com o surgimento do nome da presidente, explodirem de vez.
Se isso não acontecer, a nova senadora potiguar seguirá em céu de brigadeiro por anos a fio.
Para 2016, o nome da nova senadora para a Prefeitura de Natal será o do deputado Fernando Mineiro (PT). Também tentará ampliar o número ainda irrisório de prefeitos no interior do Estado.
Contará com o apoio do governador Robinson para derrotar o atual prefeito Carlos Eduardo Alves, e quem dele se aproximar.
Para 2018, o nome é o dela e ponto final.
Não adianta dizer que Fátima não vai disputar com o seu hoje aliado governador eleito Robinson Faria porque aí vem a pergunta: por causa de quê ela deixaria a chance única passar?
Por causa de uma aliança formada 4 anos atrás? Não, né?
Mas no meio disso ainda tem a reforma política, que poderá tirar do cenário o instituto da reeleição.
Mas isso ainda é um sonho da população que o Congresso Nacional não terá o menor interesse em realizar.
Com essa porta enorme aberta para Fátima – se a Petrobras não jogar óleo em suas pretensões – a relação do PT com o PSD começará a fazer água logo depois do pleito de 2016…
"Um casamento de conveniência". Foi assim que definiu, para o Blog, um petista comentando sobre a aliança do governador eleito com a senadora eleita.
E ele está certo.
Os projetos do PT nunca foram os do PSD e os do PSD nunca foram os do PT até que 2014 chegou e as conveniências quiseram que assim fosse.
Deu certo, mas não significa que será eterno.
E Fátima, que não terá pela frente um Executivo problemático, seguirá em céu de brigadeiro em busca de seus sonhos.
Mas, e se 2018 não for a maravilha que ela sonha? Se não se eleger governadora?
Fátima volta para o Senado para mais 4 anos.
Com 2020 no meio, onde ela poderá disputar a Prefeitura de Natal, independente do prefeito da ocasião ser o deputado Fernando Mineiro ou não.
Caso não se eleja de novo, tem mais 2 anos de Senado.
Portanto, Fátima terá 8 anos de crédito, podendo, até lá, perder 3 vezes. E sair no lucro.
O céu de brigadeiro de Fátima, como já mostrou o Blog várias vezes, será a pedra no sapato de muita gente.
Do PMDB…nem se fala.