Os mais de R$ 2 milhões que o Governo do Estado devolveu ao Governo Federal, recursos que seriam destinados a projetos da segurança pública, foi alvo de críticas de entidades de Direitos Humanos. O presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Marcos Dionísio Medeiros Caldas, disse que ficou apreensivo ao ler na TRIBUNA DO NORTE informação de que o Executivo estadual devolveu recursos que seriam destinados a projetos de segurança.
“É uma apreensão não só pela devolução desses recursos, mas por ver que o Estado está se preparando para receber o Brasil Mais Seguro sem haver uma revolução na gestão”, analisou Marcos Dionísio, observando que o projeto nacional a ser implantado no Estado voltado para segurança, o Brasil Mais Seguro, poderá nascer “natimorto” sem mudanças que garantam sua aplicação.
Para o presidente do Conselho de Direitos Humanos a devolução dos recursos destinados à area da segurança atesta que não houve capacidade de gestão. “Toda desculpa ( usada pelo secretário de Segurança, Aldair Rocha) é em função da incapacidade de gestão”, disse Marcos Dionísio, fazendo referência ao fato de que quase R$ 1 milhão em recursos, repassados em um dos cinco convênios, seriam destinados a duas delegacias modelos na Redinha e em Ponta Negra, mas o Governo apontou irregularidade no terreno.
O presidente do CDH chamou atenção também para o risco de o Brasil mais Seguro, que será implantado no Estado, não ser executado pela “falta de capacidade de gestão”. Ele observou ainda que a previsão é o Rio Grande do Norte chegar ao mês de agosto registrando 940 homicídios no ano, estatística que corresponde ao número total de homicídios em 2012. Para Marcos Dionísio, a alternativa, de reaver os recursos perdidos, seria um esforço da bancada federal para o dinheiro retornar a partir do programa Brasil mais Seguro. Ele lembrou ainda da necessidade de ser recomposto o plantel da Polícia Civil, onde mais de 300 agentes, escrivães e delegados aguardam a nomeação, após aprovação em concurso público. Marcos Dionísio analisa que o Governo precisa ter agilidade e rapidamente atender as demandas da burocracia.
Fonte: Panorama politico
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