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Para o bispo da Diocese de Guarabira (PB), dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, os maiores desafios da Campanha da Fraternidade deste ano, cuja discussão passa pela Saúde Pública, são proporcionar as pessoas, principalmente os mais humildes uma saúde digna, sem filas gigantescas nos hospitais, e o acesso mais fácil aos exames, remédios e atendimentos. Em entrevista à Rádio Caicó AM, durante missa em Currais Novos, ele reconheceu avanços, mas diz que tem muita coisa a ser feita.
“Tanto dinheiro é desviado da própria Saúde, e que poderia ser empregado na construção de hospitais que possam atender a população carente. A igreja mobiliza chamando a atenção que temos muito o que fazer. Nós temos os conselhos municipais de Saúde, que esse pessoal possam atuar, não para si próprio, mas para toda a população. O tema saúde também requer outros temas como educação e saneamento”, explicou.
A frente de uma diocese com 32 municípios, Dom Lucena destaca que a realidade da Saúde da Paraíba não é tão diferente das demais regiões do Brasil, e faz um alerta, de que em muitos casos, o gestor e sua equipe são os principais culpados pela deficiência do sistema de Saúde oferecido ao povo. “A campanha da Fraternidade obrigou o conselho de Saúde de Guarabira a mudar sua postura de atuar, em prol do atendimento das pessoas, com melhorias para a vida de todos”, finalizou.
Dom Lucena ainda contou, ao final da entrevista como conviveu com o drama de ter sua irmã, Marluce Lucena internada na UTI do Regional de Currais Novos por quase um mês, acometida do vírus H1N1. “No momento a gente pensa tudo na vida, mas confiante porque isso nos dá tranquilidade, e sempre em contato com as pessoas daqui. Parabenizo toda direção e funcionários do Hospital, que se voltou para o caso e queria salvar as duas vidas, tanto da mãe, como do bebê e conseguiram, mesmo sem tantos recursos do Hospital. Houve uma solidariedade e fraternidade, e fazemos questão de dividir esse momento com todos”, finalizou.
Fonte: Marcos Dantas