Folha de São Paulo
A jornalista Mirian Dutra Schmidt, 55, com quem Fernando Henrique teve um caso extraconjugal nos anos 1990, afirmou que algumas de suas despesas para criar o filho Tomás foram pagas pelo ex-presidente durante o período em que comandou o país (1995-2002).
Mirian sustenta que FHC fazia pagamentos a ela por meio de uma empresa que tinha interesses comerciais no governo tucano.
A empresa, que não foi citada por ela, foi a Brasif S.A. Exportação e Importação.
As transferências foram feitas, segundo ela, por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho, assinado em dezembro de 2002 e válido até dezembro de 2006.
Resposta
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) nega que tenha usado a Brasif S.A. Exportação e Importação para enviar ao exterior recursos para ajudar a jornalista Miriam Dutra.
FHC admite, no entanto, manter contas no exterior, ter mandado dinheiro para Tomás e ter lhe dado um apartamento de 200 mil euros em Barcelona, na Espanha.
O ex-presidente diz que os recursos enviados a Tomás provêm de "rendas legítimas" de seu trabalho, depositadas em contas legais e declaradas ao Imposto de Renda.
FHC diz ter reconhecido Tomás em 2009. O ex-presidente afirma ter feito dois testes de DNA nos Estados Unidos e que ambos deram negativo.
Ele diz que, mesmo assim, manteve a relação com Tomás.
O ex-presidente não comentou a acusação de que teria pagado para que Miriam Dutra fizesse dois abortos antes da gravidez de Tomás.
Ele disse se tratar de "questões de natureza íntima".
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