quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pesquisa: Presidenta Dilma Rousseff mantém índice acima da soma dos adversários

Brasil



A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff oscilou para baixo desde novembro do ano passado, mas essa variação não afetou o panorama eleitoral e o favoritismo da presidente, segundo pesquisa do instituto MDA feita sob encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

A pesquisa, divulgada ontem e realizada entre os dias 9 e 14 de fevereiro, mostra que o governo é considerado ótimo ou bom por 36% dos brasileiros. Em novembro, essa taxa era de 39%, segundo o mesmo instituto.
A avaliação negativa (soma dos porcentuais de “ruim” e “péssimo”) chegou a 25%, oscilando dois pontos para cima em relação a novembro (23%).

Dilma está em seu 38.º mês de mandato. Ao atingir essa mesma marca, os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso tinham taxa de aprovação próxima de 38%, a depender do instituto de pesquisas.

Sucessão

Na corrida eleitoral, o quadro é de estabilidade no cenário em que são colocados como candidatos, além da presidente Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A petista aparece com 44%, mesma taxa obtida há quatro meses. O tucano oscilou dois pontos porcentuais para baixo, de 19% para 17%, e Campos se manteve no patamar dos 10%.

A menos de oito meses das eleições, a presidente tem, portanto, taxa de intenção de voto superior à soma dos dois principais adversários (44% contra 27%). Se a votação fosse hoje, esse resultado daria a Dilma a vitória no primeiro turno. Mas o quadro ainda pode mudar, segundo indica a própria pesquisa. Tanto Aécio quanto Campos são menos conhecidos que Dilma, e podem conquistar novas faixas do eleitorado quando a campanha começar de fato.

Além disso, o levantamento mostra que a maior parte da população espera mudanças no próximo governo - esse caráter “mudancista”, inverso ao verificado nas eleições presidenciais de 2010, tende a favorecer candidatos da oposição.

Rumos

Nada menos que 37% dos entrevistados pelo MDA disseram esperar que o próximo presidente “mude totalmente a maneira de governar” Outros 25% afirmaram que o eleito em outubro deve dar continuidade a “algumas” ações de governo e mudar “a maioria” delas. Apenas 12% responderam que a forma atual de governar deve continuar exatamente como está.

Apesar da alta expectativa por mudanças, os adversários de Dilma têm taxas de rejeição similares às da presidente. A parcela que rejeita a possibilidade de votar na petista é de 37%. Outros 36% não votariam de jeito nenhum em Aécio. O índice de Campos chegou a 34%.

A MDA ouviu 2.002 eleitores em um total de 137 municípios do País. O instituto divulgou os porcentuais de seu levantamento com uma casa decimal depois da vírgula. O Grupo Estado arredondou os resultados, já que a pesquisa não tem tal grau de precisão - a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 00012/2014.

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