O ano de 2012 não foi bom para os agricultores e
criadores de gado do Rio Grande do Norte. Após uma das mais severas secas dos
últimos anos, o Estado viu a produção de grãos cair, o rebanho bovino ser
dizimado em algumas localidades e a oferta de água nas comunidades rurais
passar a ser racionada. Um dos dados disponíveis demonstra o impacto que a
estiagem trouxe para o RN: o número de cadastrados para obter o milho
subsidiado pelo Governo Federal cresceu mais de quatro vezes do ano passado
para 2012, segundo dados da Conab/RN. Eram 3,5 mil em dezembro de 2011. Hoje
são 14,3 mil cadastrados.
Após o agravamento do problema, o poder público, incluindo o Governo
Federal, estados e municípios, anunciaram uma série de medidas para ajudar a
população a conviver com a estiagem. Distribuição de alimento para o rebanho,
oferta de água para as comunidades rurais, construção de barragens subterrâneas
e poços tubulares, entre outras iniciativas. Esses foram os principais projetos
anunciados. Contudo, de acordo com o que relatam produtores do interior do
Estado, a ajuda ainda não foi efetiva.
A TRIBUNA DO NORTE visitou vários municípios do RN em maio deste ano,
quando os efeitos da seca começavam a se agravar. A série de matérias
"Pelos caminhos da seca" mostrou o sofrimento do interior do Estado
quando contava-se dois meses de estiagem. Sete meses depois, a reportagem
voltou a visitar os mesmos personagens. Em todos os casos, não houve avanços
significativos.
Fonte: Marcos Dantas
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