As articulações para a sucessão do vereador Edivan Martins (PV) na presidência da Câmara Municipal de Natal (CMN) apontam até o momento para um cenário confuso, imprevisível e - como é praxe - recheado de fortes emoções. Em meio a um emaranhado de candidaturas reais, outras fakes e de suposições, dois grupos aparecem com postulações praticamente postas. Uma delas é a de Amanda Gurgel (PSTU). A candidata do PSTU não deve alçar voos consideráveis e possivelmente se limitará à parceria com Sandro Pimentel (PSOL) e Marcos Ferreira (PSOL), colegas de afinidades ideológicas. Substancial mesmo é uma aliança que está sendo formatada por 16 parlamentares eleitos e reeleitos, além do atual presidente, Edivan Martins. Alguns dos integrantes deste grupo tem aproximação política com o prefeito eleito, Carlos Eduardo (PDT), outros nem tanto. Neste fim de semana, as articulações devem se intensificar e o "Grupo dos 17" tem reuniões marcadas para discutir a sucessão do legislativo municipal.
Aldair Dantas
Nos bastidores do "Grupo dos 17" já desponta um nome potencial, que é do ex-vice-prefeito Paulinho Freire (PP). Esse, sim, tem amplas possibilidades de conseguir os apoios necessários para chegar à presidência da Mesa Diretora do legislativo municipal.
Publicamente, no entanto, o vereador Fernando Lucena (PT) ainda é propenso candidato. Disse Paulinho: "Eu faço parte de um grupo, que tem Fernando Lucena como candidato. Vamos nos reunir na próxima semana para saber se esse será o nome ou vamos partir para outro nome. Mas isso será uma conversa de consenso do grupo".
Na realidade, os vereadores "parceiros" queriam a reeleição de Edivan Martins (PV). Como o pevista tem esbarrado na Justiça Eleitoral, e nem está na lista dos vereadores eleitos, Paulinho voltou a ser um nome forte para concorrer à vaga. Ele ainda nega: "Eu não tenho essa ideia de ser candidato a presidente. Prefiro que seja outro do grupo, mas nós vamos conversar para ver se chega a esse entendimento sair com Fernando Lucena ou sair com outro nome".
O vereador Júlio Protásio é um dos principais articuladores do grupo dos 17. Ele explicou que as mudanças estão sendo muito rápidas e que, mesmo de fora, Edivan Martins está conduzindo a sucessão e unificando a todos. "O grupo está unido e vai ter candidato". A preferida do prefeito Carlos Eduardo (PDT), vereadora Júlia Arruda (PSB), acabou se desgastando com o pedetista, segundo fontes da TN, porque assumiu o ingresso no grupo que visava reeleger Edivan Martins. "Ele defendia o nome dela, mas agora não confia mais tanto", disse a fonte.
Por fora, o nome do vereador Raniere Barbosa (PRB) aparece como sendo a atual preferência do prefeito eleito. Carlos Eduardo queria o parlamentar do PRB na Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur), mas diante da investida do "plural G-17", do qual não é tão afinado politicamente, tem insistido na necessidade de um vereador mais próximo para assumir a vaga. O chefe do Executivo teria confidenciado à vice, Wilma de Faria (PSB), no dia da diplomação, que o nome mais seguro seria o de Raniere. Ele escorrega ao falar sobre o assunto: "só serei candidato se eu for lançado pelos colegas. Caso contrário prefiro ficar de fora", atestou Raniere.
Os partidos já se articulam. De acordo com Felipe Alves, o PMDB vai seguir unido. "A presidência da Câmara ainda está indefinida. Estão formando alguns grupos, tem alguns candidatos, mas ainda não há nada definido. Posso garantir que o PMDB vai marchar unido", destacou o peemedebista, membro do G-17.
Fonte: Tribuna do Norte
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