26/12/2011

Literatura de Cordel ganha a sua própria Academia, Cultura valorizada e imortalizada em 34 cordelistas potiguares

Rio Grande do Norte

No dia 19 de dezembro de 2011 o cordel teve uma noite especial. Na sede da Academia de letras do Rio Grande do Norte, foi lançada a Academia de Literatura de Cordel Norte-rio-grandense. O anfitrião dos cordelistas foi o escritor e poeta Diógenes da Cunha Lima, que fez o discurso de abertura.

Trata-se de um sonho acalentado pelo pesquisador Gutenberg Costa durante muitos anos e que agora recebeu o apoio de valorosos companheiros. A Academia fica presidida pela cordelista e professora Rosa Régis.

A presidenta é figura de grande atuação, sempre escrevendo muitos dos folhetos de cordel produzidos em nosso Estado. O vice-presidente é o poeta Hélio Gomes da Silva, conhecido em Natal pelo pseudônimo de Hegos.

Trinta e quatro cordelistas de todo o Rio Grande do Norte, foram empossados e imortalizados.  O poeta José Saldanha, falecido este ano, foi homenageado como patrono da cadeira de numero um, ocupada pelo neto dele, o também poeta Thomas Saldanha. Entre os homenageados, Manoel Justino de Araújo.

O cordelista de 96 anos é considerado o mais velho do Estado e agora recebeu a cadeira de numero 22. Emocionado, ele disse que não esperava tal reconhecimento. – Eu nunca tinha participado de uma coisa dessa, até estranhava o que ia acontecer e vi agora de perto, é suportável – diz Manoel Justino,cordelista.A nova geração também esteve presente.

Marciano Medeiros, (foto ao lado) 38 anos é o mais jovem imortal da Academia. Para ele, esta é mais uma maneira de manter o cordel cada vez mais vivo, entre a juventude. - A literatura de cordel tem recebido um amplo destaque, principalmente após a novela Cordel Encantado.

Eu me sinto bastante feliz em ser um jovem cordelista dessa Academia - revela o cordelista.  Marciano Medeiros nasceu em Santo Antônio/RN, aos 18 de setembro de 1973, porém sempre manteve vínculo com Serra de São Bento, cidade onde está presente toda a sua origem familiar.  O escritor foi empossado na cadeira 31, cujo patrono é, Luiz Felipe Nerís.

Um comentário: