terça-feira, 27 de março de 2012

MPE negocia delação para esclarecer esquema no TJ

Rio Grande do Norte

O Ministério Público Estadual negocia com o marido de Carla Ubarana, George Leal, a assinatura do termo de delação premiada. Até o momento apenas Carla Ubarana firmou o compromisso de esclarecer todos os níveis do esquema de desvio de recursos que funcionava dentro do setor de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, conhecido como delação premiada. Segundo fontes, George não firmou o compromisso na semana passada alegando "não se sentir bem fisicamente" para prestar depoimento. Mesmo assim, as negociações continuam e a expectativa do MPE é conseguir a assinatura nos próximos dias.

Os promotores do Patrimônio Público afirmaram, através da Assessoria de Imprensa do MPE, que estão conversando com o acusado para conseguir a delação premiada. "Existem conversas, mas nada foi assinado ainda", falaram os promotores através de sua Assessoria. Além de falar pela primeira vez acerca de sua participação no esquema da divisão de precatórios, George Leal terá de apontar novas provas que possam ajudar a esclarecer totalmente os fatos relativos à Operação Judas. Um dos focos é identificar participantes ainda não implicados nas investigações.

Carla Ubarana e George Leal estão em casa desde a terça-feira passada, depois de conseguirem a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar. A conversão  fez parte de um acordo de delação premiada com o Ministério Público. A assinatura, entretanto, não garante os benefícios da colaboração porque é necessário que as informações tenham uma influência considerável na elucidação dos fatos.

No Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, a ex-chefe da Divisão de Precatórios respondia diretamente à Presidência da instituição. Carla Ubarana permaneceu no cargo durante as gestões dos desembargadores Oswaldo Cruz, Rafael Godeiro e Judite Nunes, que exonerou a servidora em janeiro deste ano, designando uma comissão para investigar irregularidades já comprovadas, no setor. Segundo informações dessa comissão, as fraudes abrangem o período de 2009 a 2011.

Fonte: Tribuna do Norte

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