O Portal No Ar trouxe ontem uma matéria que aponta que o Serviço de Assistência Médica e Ambulatorial Ltda. (Sama), contratado para fornecer médicos para trabalhar nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) dos bairros Santo Antônio e São Manoel, tem um de seus diretores envolvidos em denúncias de fraudes.
Criado em 2011, o Sama foi contratado este ano pela Prefeitura de Mossoró sem concorrência na licitação. A empresa foi contratada por R$ 7.352.640,00.
Aparecem como sócios da empresa Habraão Diógenes Bessa Peixoto e Francisco Narcisio Bessa Júnior. Os dois chegaram a ser apontados como parentes do prefeito, mas a assessoria de comunicação negou ao Portal No Ar que isso seja verdade. Conforme a reportagem, Habraão Diógenes ainda é diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com salário superior a R$ 18 mil.
Em 2012, a empresa ganhou novos sócios, entre eles José Edson da Silva, primo do prefeito, que deixou a parceria e atualmente dirige o Hospital São Camilo de Lélis, arrendado ao município. O outro é Francisco Diego Costa Dantas, que, segundo a reportagem, tem o nome envolvido em fraudes. É justamente ele quem detém a maior parte do capital da empresa no momento.
Segundo a reportagem, em 2004 Diego Dantas chegou a responder a um processo (que prescreveu) por tentar fraudar um vestibular em Teresina (PI). Ele estaria fazendo parte de um grupo que tinha os gabaritos das provas em telefones celulares.
Já em 2012, ele foi acusado pelo Ministério Público Federal de fraudar licitações na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Natal. O médico integrava a comissão de uma licitação que começou e terminou em menos de um mês levantando suspeitas. O processo se encontra em grau de recurso, segundo a reportagem.
Diego ainda foi diretor do Hospital da Mulher nos tempos em que a Associação Marca administrava o serviço. A reportagem cita a presença de Diego no relatório da Secretaria Estadual de Saúde que apontou as irregularidades. "O médico Francisco Diego Costa Dantas tem a obrigação de atuar 40 horas semanais como diretor médico do Hospital da Mulher. Em um período na vigência do contrato da Marca, Diego acumulou o cargo de diretor técnico do Hospital Regional Tarcísio Maia. Depois de deixar o cargo de direção no HRTM, consta no sistema do Ministério da Saúde que Diego trabalha 5 horas semanais ainda no HRTM, além de 40 horas em plantões. Como consegue? Como pode?", questiona o relatório.
Fonte: Jornal O Mossoroense
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