A mansão a beira-mar, em Baía Formosa, pertencente a ex-chefe do setor de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), Carla Ubarana, será leiloada nos próximos meses. A venda do imóvel, faz parte de uma série de leilões dos bens apreendidos de Ubarana e do seu marido, George Leal, determinada pelo juiz José Armando Ponte, para ressarcir o prejuízo de R$ 14.122.740,33 na Divisão de Precatórios do TJRN.
O esquema de fraudes na Divisão de Precatórios foi denunciado em 2012, durante a Operação Judas, do Ministério Público do Rio Grande do Norte. O casal confessou a participação no esquema fraudulento, que ainda envolvia dois ex-presidentes do TJRN, os desembargadores Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz. O dinheiro desviado é referente a cerca de 520 operações fraudulentas, entre guias de pagamentos, cheques e autorizações de transferências bancárias.
A comarca da Justiça Estadual de Canguaretama, através da juíza Daniela do Nascimento Cruz, em conjunto com o leiloeiro oficial Davi Eduardo Paulim marcou duas datas para que o imóvel seja arrematado. A primeira é no dia 15 de setembro, quando a mansão terá o lance mínimo de R$ 2.499.783,60, relativo a 80% do valor avaliado. Caso o imóvel não seja vendido, a segunda data é no dia 29 de outubro, quando será aceito o maior lance, podendo ser menor do que o valor mínimo. Nos dois dias, o leilão vai acontecer de forma presencial, no Salão do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Canguaretama ou através da internet no site dos leilões judiciais (www.leiloesjudiciais.com.br).
Em depoimento dado em 2012 à Justiça, George Leal afirmou que foi ele mesmo quem projetou a mansão, que seria transformada em pousada. “Eu mesmo fiz todo o projeto arquitetônico, estrutural, elétrico, hidráulico, ambiental e botânico”. Segundo ele, a casa tem três suítes, cozinha e uma sala, além de dois jardins, sendo um suspenso, que contavam com 84 palmeiras, 25 mil pedras, 33 ipês e 2 mil metros de grama. “É uma casa de alto luxo, com travertino [um tipo de mármore] e rústico. É uma casa diferenciada, em Natal não se vê uma casa dessa em canto nenhum”, disse George Leal ao juiz José Armando Ponte, lembrando que o imóvel valia “muito dinheiro”.
Fonte: Tribuna do Norte
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