O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, reconheceu nesta quinta-feira (30) a falta de professores e aulas nesta primeira semana do ano letivo em algumas escolas do estado.
Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, Voorwald afirmou que o contrato com os professores temporários não foi interrompido na data recomendada pela secretaria e, por isso, o prazo de 40 dias de descanso dos docentes não havia sido finalizado quando a semana de volta às aulas começou. Na segunda-feira (2), segundo o secretário, as aulas devem ser normalizadas.
A volta às aulas nas cerca de 5.300 escolas estaduais foi antecipada em uma semana por causa da realização da Copa do Mundo no Brasil, que ocorre do dia 12 de junho a 13 de julho.
O secretário explicou que professores temporários, considerados por ele como "figura fundamental", não são concursados e têm contrato de um ano com o governo.
"A Procuradoria Geral do Estado e o Tribunal de Contas determinaram [para não caracterizar vinculo empregatício] que o contrato fosse interrompido. Há alguns anos, essa quarentena era de 200 dias. O que o estado de São Paulo fez foi trabalhar uma lei e transformamos os 200 dias em 40 dias. [...] Para evitar que ocorresse interrupção das atividades com a Copa do Mundo e para que o professor estivesse na sala aula no dia 27, o contrato deveria ser interrompido no dia 18 de dezembro", disse.
"Detectamos que os contratos não foram interrompidos [na data certa, 18 de dezembro]. Essa é a grande questão. Houve um problema de gestão na ponta, os diretores não interromperam os contratos", completou.
Segundo o secretário, ao finalizarem a atribuição das salas para cada professor, as diretorias de ensino não detectaram a necessidade de chamar o professor eventual, que são acionados na ausência dos docentes concursados e temporários.
Voorwald afirmou ainda que os 20 mil professores selecionados em concurso e convocados devem começar a dar aulas no dia 5 de março. Caso os pais tenham dúvidas sobre as aulas, a secretaria disponibiliza o telefone: 0800770012.
Ao longo desta semana, pais procuraram o G1 e a reportagem do Bom Dia São Paulo para reclamar da falta de professores. Até esta quarta-feira, a Secretaria da Educação havia informado que o problema era pontual. A subsecretária da pasta, Rosania Morroni, chegou a negar a falta de professores. “Não está faltando professor. A diretoria de ensino está realocando no seu cadastro os professores substitutos de uma escola para outra e no seu cadastro reserva, mas não temos falta de professor”, afirmou.
Fonte: Portal G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário