Matéria do jornal O
Globo lembra que 58 municípios foram criados no Brasil na última década. Eram
povoados ou distritos e hoje, com menos de três mil habitantes, em sua maioria,
são as cidades mais jovens do país. Na esteira dessas emancipações, ocorridas entre
2001 e 2010, vieram a criação de 31 mil cargos públicos — equivalente ao
funcionalismo de Curitiba — e movimentação de recursos federais que somaram,
nos últimos cinco anos, R$ 1,3 bilhão, em repasses do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM).
Todo esse investimento,
entretanto, não se reverteu em avanço dos indicadores sociais para a maioria
dessas cidades. Com raras exceções, os municípios mais novos já padecem dos
velhos problemas que afetam a maioria das cidades brasileiras. As emancipações são
amparadas, em geral, no discurso de que, independentes, as novas cidades terão
um maior desenvolvimento local. Mas um dos índices analisados pelo GLOBO
mostrou que isso não ocorreu, até agora, em quase metade das novatas cidades
brasileiras. Segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), da
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, 45% dos 58 municípios registraram
piora de desempenho ao longo da última década.
Em Jundiá (RN), que
comemorou 10 anos de existência em 2011, 59,8% das crianças de 8 a 9 anos não
estão alfabetizadas. A cidade potiguar tem a pior taxa de não alfabetização no
grupo dos municípios mais jovens. Em segundo lugar, aparece Pau D’Arco do
Piauí, de 3.757 habitantes, com 35,1% das crianças nessa situação.
Fonte: Blog Os Amigos da Onça
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