O melão amarelo de Mossoró recebeu ontem o selo de indicação geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O registro era aguardado pelo Município há pelo menos quatro anos e é importante porque agrega valor ao produto e abre novos mercados, de acordo com o ex-presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade, que reúne fruticultores do Rio Grande do Norte e do Ceará, e atual secretário de Desenvolvimento de Mossoró, Francisco de Paula Segundo.
No Brasil, 14 produtos contam com o selo de Indicação Geográfica. O melão amarelo de Mossoró será o único do Brasil a contar com esse registro.
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O selo, explica Segundo, vai facilitar a entrada do melão de Mossoró em países como os Estados Unidos e ajudar a alavancar as exportações de frutas no estado. O ritmo de crescimento das exportações, entretanto, dependerá da demanda e do apetite do mercado, pondera Segundo.
O Rio Grande do Norte tenta há meses exportar a fruta para os EUA e discute nesse momento mudanças no calendário de importação de melão pelo país.
A fruta começou a ser exportada no ano passado para a China e neste mês passou a ser comercializada no Chile. A Europa, no entanto, é o principal consumidor. E os Estados Unidos um dos principais alvos dos fruticultores.
“Apesar de termos um produto reconhecido, ainda enfrentamos dificuldades para ingressar no mercado americano. A Indicação Geográfica deverá ajudar na abertura do mercado”, diz o diretor superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo.
Além de abrir novos mercados, o registro – uma espécie de atestado de procedência regional e de qualidade do produto - também impedirá que municípios utilizem a ‘marca’ Mossoró de forma indevida. “Algumas cidades do Nordeste enviavam melão para o Sul e Sudeste do Brasil e diziam que a fruta havia sido produzida em Mossoró para vender mais caro. Isso não ocorrerá mais”, diz Segundo.
Fonte: Tribuna do Norte
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