sábado, 5 de janeiro de 2013

Governo do RN decide não prorrogar calamidade

Rio Grande do Norte

Seis meses depois do decreto de calamidade na saúde e do anúncio do Plano de Enfrentamento para os Serviços de Urgência e Emergência do Rio Grande do Norte., a  governadora Rosalba Ciarlini apresentou, ontem, um balanço das ações, que avaliou como sendo positivo, e anunciou que o estado de calamidade não será prorrogado. Em entrevista coletiva, a governadora afirmou que "ainda há muito a ser feito, mas já é possível perceber as melhorias no atendimento na rede estadual".

O fim das macas nos corredores do HWG depende da eficácia da baixa e média complexidade nos municípios


Dentre as ações executadas, Rosalba Ciarlini destacou a reforma do Hospital Giselda Trigueiro que passa a contar com sete leitos de UTIs para doenças infectocontagiosas, e ainda a reforma de outros 11 hospitais do Estado. Com o Plano de Enfrentamento foi possível a aprovação do MS para a liberação de recursos do Governo Federal no valor de R$ 33 milhões e mais 12 milhões para investimentos nos hospitais. Em contrapartida, o Governo do Estado, com recursos do tesouro estadual, repassou cerca de R$ 18 milhões  para as obras estruturantes e o abastecimento nas unidades hospitalares nesses seis meses.

Acompanhada do secretário estadual de Saúde, Isaú Gerino, da secretária adjunta de Saúde, Kátia Mulatinho, e do Coordenador Estadual de Urgências e Emergências, Luiz Roberto Fonseca, a governadora avaliou que o decreto de calamidade cumpriu sua função e foi essencial para o Estado, mas reconheceu que nem tudo está resolvido. 

"O decreto de calamidade não teve a finalidade de resolver todos os problemas da saúde pública no RN, até porque não se resolvem deficiências de, pelo menos, dez anos em apenas seis meses. Mas estamos conseguindo dar respostas a questões essenciais de infraestrutura. E cumprimos a absoluta maioria das metas apresentadas à sociedade potiguar, quando decretamos o estado de calamidade", disse Rosalba Ciarlini. 

De acordo com a governadora, o decreto de calamidade acaba, mas o plano de enfrentamento continua. O coordenador estadual de Urgências e Emergências, Luiz Roberto Fonseca, ressaltou que o decreto de calamidade permitiu que o Estado recebesse de imediato recursos federais a serem aplicados na saúde. Ele destacou o investimento de R$ 4,7 milhões para a criação de uma Central de Regulação Única (CRU) para gerenciamento dos leitos da rede pública de saúde, cuja sede definitiva está em obras, com previsão de conclusão em janeiro; a implantação de 88 leitos nos hospitais Ruy Pereira, Onofre Lopes e da Polícia Militar; e o  abastecimento dos hospitais que passou de 26% para 60%.

Para Luiz Roberto Fonseca, outro ponto importante e decisivo do Plano de Enfrentamento foi a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que chegará no primeiro trimestre deste ano, com a cobertura de 72% da população e 100% ao final do ano. "O Samu vem disciplinar a prática da ambulancioterapia, da qual os pacientes são transferidos de forma inadequada. Como estamos reestruturando os hospitais regionais, precisamos que esses pacientes sejam atendidos nessas unidades, evitando as filas nos corredores do Walfredo Gurgel", disse o coordenador.

Fonte: Tribuna do Norte

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