A
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) está buscando um mecanismo
administrativo para contratar e pagar o salário do novo diretor do Hospital
Monsenhor Walfredo Gurgel, o advogado Marcondes Diógenes. Além de não ser
funcionário público, o salário de R$ 15 mil, sugerido pelo advogado, está bem
acima do recebido por um diretor de hospital na rede estadual - a gratificação
referente ao cargo de diretor do maior hospital do Estado é de R$ 1.560,00.
Enquanto o novo diretor não é nomeado, a médica Fátima Pinheiro segue no cargo,
do qual pediu exoneração há mais de uma semana.
Ontem, o
secretário da Saúde Pública do RN, Isaú Gerino, estava em Brasília participando
de reunião que tratava de um pacto pela melhoria do serviço de saúde em todo o
Estado a ser firmado entre governos federal, estadual e municipal, quando
afirmou que a pasta está estudando alternativas para a contratação de Marcondes
Diógenes. Através da assessoria de imprensa, reconheceu que a remuneração paga
atualmente é muito baixa, por isso o governo vai buscar a solução jurídica
"mais segura" para a contratação. "Quando chegarmos à
alternativa mais segura, o Estado vai informar", repassou a assessoria do
Governo.
Marcondes Diógenes disse que o
secretário e a governadora aceitaram o valor proposto, inclusive que os
vencimentos da equipe nomeada por ele fossem proporcionais - entre 10% e 30%
menor. Além desse ponto, as condições para aceitar o cargo incluem a autonomia
financeira e administrativa da unidade e transparência, inclusive, para expor à
imprensa a situação do hospital. Essa é a terceira mudança na direção do HWG,
em pouco mais de dois anos da atual administração estadual.
Enquanto não assume o cargo, o
ex-interventor da organização social Marca segue mantendo reunião com o
secretário Isaú Gerino e assessores da Sesap para ficar por dentro da situação
do Walfredo Gurgel, sem interferir na atual gestão, já que sua nomeação ainda
não foi publicada. "Tenho condições técnicas, administrativas e estou à
disposição. Mas aguardo que tudo esteja preto no branco", destaca
Marcondes Diógenes. O futuro diretor do Walfredo Gurgel evitou entrar em
detalhes sobre o hospital, mas ressaltou a necessidade de agir devido a
urgência por soluções.
Foi dado um prazo de seis
meses para que o novo diretor-geral da maior unidade hospitalar do Rio Grande
do Norte, resolva, entre outros, os problemas de superlotação, falta de leitos,
escalas de médicos, desabastecimento da farmácia e falta de insumos. Ao
pedir desligamento do cargo, Fátima Pinheiro afirmou não aguentar mais a
pressão.
Fonte: Tribuna do Norte
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