A Polícia Federal em Pernambuco indiciou 55 pessoas por venda
clandestina de toxina botulínica, mais conhecida como botox. Do total, 43 são
médicos ou donos de clínicas, oito comerciantes e quatro distribuidores. Entre
os médicos indiciados, estão 28 de Pernambuco, dez da Paraíba, três do Piauí,
um de São Paulo e um do Rio Grande do Norte, além de quatro empresários
paulistas. Os quatro empresários suspeitos de distribuírem a toxina são de São
Paulo.
Um foi preso preventivamente, dois tiveram passaportes apreendidos e estão proibidos de deixar o país e o quarto foi indiciado indiretamente por estar fora do Brasil. Dos oito comerciantes, quatro foram presos. Os acusados podem responder por crime contra a saúde pública (considerado hediondo), de contrabando e formação de quadrilha, com penas que podem chegar a 15 anos de reclusão. No início do mês, a polícia deflagrou a Operação Narke em oito estados.
As investigações apontaram que os médicos compravam produtos de estabelecimentos sem licença da Vigilância Sanitária. A toxina entrava clandestinamente no Brasil trazida por empresários de outros países ou misturada a produtos importados lícitos. No mercado ilegal, a unidade do produto custava de R$ 350 a R$ 400, enquanto a toxina botulínica com registro chega a custar R$ 1 mil o frasco. A toxina botulínica é indicada no tratamento de problemas musculares, mas também é amplamente usada para fins estéticos, como suavizar linhas faciais de expressão.
Da Agência Brasil
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