sábado, 28 de janeiro de 2012

Dilma confirma a Michel Temer ter se chateado com provocação pública de Henrique Alves

Brasil


Deu no jornal Folha de São Paulo a presidente Dilma Rousseff entrou em campo para acalmar o aliado PMDB. Ela conversou com o vice-presidente, Michel Temer, e disse que não há perseguição do Palácio do Planalto a nenhum dirigente da legenda. A mensagem ocorreu dois dias depois de o líder da bancada na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), desafiá-la publicamente em nome de um cargo no segundo escalão, dizendo que o governo não iria demitir seu afilhado político, porque não iria querer "brigar com metade da República".

A Temer Dilma disse que Henrique Alves provocou, não lhe deixando outra opção a não ser demitir Elias Fernandes, diretor-geral do Dnocs. A Controladoria-Geral da União havia apontado desvios de quase R$ 200 milhões na estatal. Para evitar uma crise, presidente e vice decidiram tratar a declaração do peemedebista como algo episódico. Na conversa, ela afirmou não estar disposta a tirar o partido da Transpetro, subsidiária da Petrobras comandada pelo PMDB do senador Renan Calheiros (AL).

A ordem no Planalto é acalmar os ânimos. Em Porto Alegre, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que o governo precisa de "serenidade" e "maturidade". A avaliação é que Henrique Eduardo Alves exagerou no tom, mas vocalizou a opinião de muitos. "Está na hora de a Dilma parar de tratar os aliados como bandidos e ter uma postura diferente com o PT", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

Fonte: Marcos Dantas

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