Uma ponte está sendo construída para ligar o centro da cidade ao bairro Paraíba, mas a obra está parada e a área sequer estar isolada.
A ponte sobre o Rio Jacú, que liga o centro de São José do Campestre ao bairro Paraíba, distante a 97 km de Natal, vem deixando os moradores do bairro e de comunidades rurais indignados com o abandonado das obras e o medo por estarem em área de risco devido às fortes chuvas que caíram nos últimos dias.
A população teme que ocorra novamente o que aconteceu no ano de 2004, onde mais de quatro mil moradores ficaram ilhados, sem energia elétrica, sem água e sem comida durante três dias.
Na ultima quinta-feira, os alunos de várias comunidades rurais não assistiram aulas, devido à fonte correnteza do rio.
No fim de dezembro do ano passado, a obra foi paralisada pela Construtora Gabarito de João Pessoa (PB), onde segundo os trabalhadores era um recesso provisório de final de ano e já se somam quatro meses sem o retorno das obras.
“O que se ouve, é as autoridades políticas colocando a culpa em A e B. O que nós temos a ver com isso. Vamos sofrer de novo o que aconteceu em 2004, onde quase passamos fome e sede, por ficarmos ilhados? Desabafou a moradora Maria Francisca da Silva.
O responsável pela execução da ponte é a Secretaria de Infra-estrutura, que segundo moradores do bairro, nenhum técnico do governo ou da construtora compareceu para ver a situação do local das obras.
“Nossa maior preocupação é que o canteiro de obra está abandonada. E eles não tiveram a preocupação de sequer colocar um vigia. Crianças brincam aqui em cima e podem cair e se machucar. O perigo são os buracos profundos das colunas que estão cheios de água. O cercamento foi destruído a bastante tempo. Falta iluminação. É uma área muito escura, temos medo de passar para o centro à noite quando vamos estudar”, denuncia o estudante Francisco Carlos da Silva.
O Promotor de Justiça da comarca de São José do Campestre, Diogo Maia Cantido, já abriu uma Ação Cível Pública contra o Governo do Estado e solicitou outra ação na Justiça Federal contra o Ministério da Integração Nacional.
História do Projeto
O projeto técnico foi elaborado no governo Wilma de Faria. A ordem de serviço da obra da ponte já batizada de Aluízio Alves, foi dada no ano de 2009, pelo então Governador Iberê Ferreira, numa solenidade que contou com a presença do Deputado Federal Henrique Alves, onde foram apresentados documentos referentes ao recursos assegurados entre o Governo Federal e o Governo Estadual no valor de quase R$ 4.000.000,00 ( Quatro milhões)
No projeto, a ponte possui 80 metros de comprimento com duas vias de acesso, iluminação e passagem de pedestres e ligará os moradores ao centro da cidade.
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