quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mantega defende mínimo de R$ 540

Brasil

Brasília (AE) - O governo montou um front de resistência contra a pressão por um aumento do salário mínimo superior à proposta de R$ 540,00, aprovada no Orçamento da União de 2011. Depois da presidenta eleita, Dilma Rousseff, e do presidente Lula, ontem foi a vez do ministro da Fazenda, Guido Mantega, alertar para o risco de um reajuste maior provocar um rombo nas contas da Previdência Social.

Embora tenha admitido que há “chances” de mudanças, Mantega disse que se depender dele o novo mínimo será mesmo de R$ 540,00. Segundo o ministro, esse valor foi o acertado dentro do governo como o “melhor” para ajudar a manter os gastos públicos sob controle.

As centrais sindicais reivindicam um reajuste para R$ 580,00 e prometem liderar uma campanha nacional em defesa desse valor e também pela correção em 10% das aposentadorias acima do mínimo. O presidente Lula já deixou claro na segunda-feira passada que vai deixar a decisão para Dilma Rousseff.

O problema para o próximo governo é que com a disparada dos gastos neste ano de eleições e a crescente perda de credibilidade da política fiscal brasileira depois da adoção de uma série de manobras contábeis para o cumprimento da meta de superávit das contas públicas, o reajuste do salário mínimo passou a ser considerado crucial para os analistas econômicos “medirem” o compromisso da presidente eleita e do próprio ministro Mantega com a austeridade fiscal.

Nesse cenário, uma manutenção do valor do mínimo em R$ 540,00 pela futura presidente, mesmo diante da pressão das centrais sindicais, seria interpretada como uma indicação positiva de que o próximo governo está realmente comprometido com um ajuste fiscal em 2011. No dia em que foi confirmado no cargo por Dilma Rousseff, Mantega assegurou que o governo fará cortes nos gastos e adotará uma política de disciplina fiscal. Uma decisão a favor de um reajuste mais alto pode colocar em risco a tentativa do ministro de retomar a credibilidade fiscal do País.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, também destacou ontem que o valor de R$ 540,00 é adequado e segue a política de correção adotada nos últimos anos Segundo ele, essa política tem sido “vitoriosa” e deve ser mantida.

Um comentário:

  1. é uma vergonha tem dinheiro para aumentar do deputados e não tem dinheiro para reajustar o salario minimo um pouco mais,é uma vergonha para a classe politica o que eles fazem com o povo.

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