terça-feira, 3 de agosto de 2010

Destino de Cássio Cunha Lima depende de desempate do presidente, politica pega fogo na PB

Estado da Paraiba

Votação terminou com os seis magistrados divididos em três sentenças

Um empate triplo inédito na história do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba foi registrado na sessão desta terça-feira, 3. A votação, que estava em dois votos favoráveis à inelegibilidade de oito anos, e mais dois pedindo três anos, teve outros dois votos contrários à inelegibilidade, e pedindo apenas a aplicação de multa no valor de 100 mil UFIR’s.

Com isso, os membros do TRE tiveram que submeter a decisão ao presidente, Genésio Gomes Pereira Filho, que acabou pedindo vistas do processo para poder embasar seu voto. O processo fica então suspenso por mais duas sessões e será retomado apenas na sexta-feira.

Cássio é acusado, nos autos, de ter usado a máquina pública do Governo do Estado, em 2006, para fazer gastos excessivos com publicidade institucional. O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a inelegibilidade por oito anos e a aplicação de multa. O parecer foi acatado pelo relator do caso, juiz corregedor Carlos Neves, e pelo juiz João Ricardo Coelho.

Em seguida, foi a vez da juíza Niliane Meira Lima (no voto de vistas) divergir do relator. Ela pediu a aplicação da multa, mas com inelegibilidade por apenas três anos. Seu voto foi acompanhado integralmente pelo juiz Newton Vita.

Após novo pedido de vistas, o desembargador Manoel Monteiro divergiu dos quatro pares, alegando que seria descabido falar em inelegibilidade, uma vez que Cássio já teria cumprido os três anos de inelegibilidade, e sendo inadequado ampliar essa condenação para oito anos, já que a lei não poderia retroagir para prejudicar o réu. Ele então votou apenas pela aplicação da multa e foi seguido pelo juiz João Batista Barbosa.

Com o empate, a decisão será do voto de minerva do presidente, Genésio Gomes Pereira Filho.


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