O Ministério Público Estadual (MPE), representado por promotores criminais e da saúde, explicou ontem a ação realizada no dia anterior em hospitais da rede pública e privada de Currais Novos. Trata-se de uma operação originária do Grupo de Atuação Especializada na Repressão ao Crime Organizado (Geco), do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (Caop Saúde) e das duas Promotorias de Justiça de Currais Novos. Com o aval da Procuradoria Geral de Justiça, a ajuda da Polícia Militar, e a autorização do juiz criminal do município, a equipe de promotores apreendeu documentos, CPUs e pendrives no hospital regional Mariano Coelho, além das residências da vereadora Maria Aparecida, conhecida por Dadá, e de Ênio Othon, presidente da Fundação Padre João Maia.
Há indícios de irregularidades na aplicação de verbas públicas entre o ente privado, denominado Hospital Padre João Maia e Maternidade Ananília Regina, segundo o MPE. A operação de busca e apreensão desenrolou-se durante todo o dia de quinta-feira (19). Ao coletarem as provas que acharam necessárias, os promotores e policiais encerraram a ação o fórum local, na presença do juiz criminal de Currais Novos, e de representante da parte investigada, acompanhado de advogado.
Ainda na quinta-feira, o juiz da Vara Cível de Currais Novos expediu determinação que proíbe o Hospital Padre João Maria e a Maternidade Ananília Regina de retirarem qualquer bem das dependências do Hospital Regional Mariano Coelho. Em caso de descumprimento a multa será de R$ 50 mil/dia além da possível punição com prisão, dos envolvidos. O sigilo da operação e a não divulgação, pelo MPE, nos órgãos de imprensa, provocou alvoroço no município seridoense, que fica a 172 quilômetros da capital.
De acordo com informações de blogs locais, outras residências de pessoas que fizeram parte da administração do hospital também foram visitadas. O caso continua sob forte sigilo. Ontem, a TRIBUNA DO NORTE tentou contato com juízes e promotores de Currais Novos, mas ninguém foi encontrado. TJ/RN e MPE estão em período de recesso, só retornando em 7 de janeiro.
Fonte: Tribuna do Norte
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