Deu no panorama politico que a Câmara Municipal de Natal poderá votar na próxima semana a antecipação da eleição para Mesa Diretora. O processo está sendo articulado pelo presidente da Casa, vereador Albert Dickson (PP). Embora o mandato da atual Mesa encerre apenas no final do próximo ano, o vereador usa como argumento para antecipar a eleição o fato de que 2014 será um ano eleitoral e, por isso, o pleito sendo realizado agora não sofreria interferência externa de políticos que estarão na disputa do próximo ano.
Albert Dickson (PP) tenta fazer uma dupla costura para a antecipação da eleição. Ele quer não apenas colocar a proposta em pauta esta semana, como também planeja apresentar um projeto para emendar a Lei Orgânica do Município para que tenha a possibilidade de ser reeleito.
Os vereadores decidiram acabar com a reeleição na Câmara há quatro anos. Na ocasião, alegaram que não era democrático um vereador ficar por mais de um período no comando do Legislativo Municipal.
Para retomar a possibilidade de reeleição, a principal dificuldade de Albert Dickson é conseguir os votos necessários à aprovação de uma mudança na lei orgânica. Para mudar aprovar uma emenda à principal lei do município, ele precisa de 20 votos, em duas votações, com interstício de 10 dias.
Neste momento, o grupo liderado pelo presidente da Câmara tem 18 vereadores, o que garante, nos cálculos feitos pelos aliados, a vitória em uma nova eleição, mas não com o nome do atual presidente, já que legalmente ele não pode concorrer a reeleição.
Segundo uma das fontes ouvidas pela TRIBUNA DO NORTE, o plano de Albert Dickson é colocar o projeto de mudança da Lei Orgânica esta semana. No entanto, só fará isso se conseguir conquistar mais dois votos. “Temos 18 votos fechados, agarrados igual a corda de caranguejo”, chegou a declarar um vereador da base de Dickson.
Se não conseguir passar a mudança da legislação, o grupo do atual presidente partirá para o plano B, que é lançar o vereador Júlio Protásio (PSB) como candidato a presidente. A dúvida é saber se Albert Dickson poderia ser candidato a vice-presidente na composição da nova Mesa.
O grupo de oposição ao de Dickson conta com a bancada do PSTU, PSOL e PT, entre outras legendas.
Com 18 vereadores na sua base, o presidente da Câmara Albert Dickson poderia conseguir mais dois votos dentro do seu próprio partido, o PP. Mas enfrenta resistência. Da legenda, Albert conta com o apoio de Chagas Catarino.
Mas, por outro lado, Paulinho Freire, Rafael Motta e Ari Gomes se colocam contrários a manobra de Dickson de mudar a legislação que proíbe a reeleição.
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