A Paróquia de São Bento Abade
celebrou ontem (04) a solenidade de todos os santos (a) pelo seu dia, data essa
celebrada em todo o mundo pela Igreja Católica. A Santa Missa foi celebrada
pelo Pároco, Mario Gomes de França, e contou com grande participação popular.
Fotos: Erinilson Cunha
Hoje a Igreja militante honra a Igreja triunfante “celebrando numa única
solenidade todos os santos” — são as palavras que o sacerdote pronuncia na
oração da missa — para render cumulativamente homenagem àquela multidão de
santos que povoam o Reino dos céus. A leitura repete as palavras de são João no
Apocalipse: “E vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as
gentes e tribos e povos e línguas…”. Aquela grande multidão “que está diante do
Cordeiro” compreende todos os servos de Deus, aos quais a Igreja decretou a
canonização, e todos os que — em número imensamente superior — conseguiram a
salvação, com a eterna visão beatífica de Deus.
Deus prometeu de fato dar a eterna bem-aventurança aos pobres no espírito, aos mansos, aos que sofrem e aos que têm fome e sede de justiça, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacíficos, aos perseguidos por causa da justiça e a todos os que recebem o ultraje da calúnia, da maledicência, da ofensa pública e da humilhação. Hoje todos esses santos que tiveram fé na promessa de Cristo, a despeito das fáceis seduções do mal e das aparentes derrotas do bem, “alegram-se e exultam” pela grande recompensa dada por um Rei incompreensivelmente misericordioso e generoso.
E
a Igreja militante, unida pelo indissolúvel vínculo da caridade com os filhos
que passaram “à melhor vida”, honra-os com particular solenidade.
A origem da festa hodierna remonta ao século IV. Em Antioquia celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e cem anos após era fixada no dia 18 de maio pelo papa Bonifácio IV, em concomitância com o dia da dedicação do Panteão a Nossa Senhora e a todos os mártires.
O monumento pagão assumiu o nome cristão
de Santa Maria dos Mártires. Naquele dia, durante a missa, fazia-se chover uma
chuva de rosas vermelhas. No ano de 835 esta celebração foi transferida pelo
papa Gregório IV para 19 de novembro, provavelmente por motivos de simples
comodidade, como refere João Beleth no século XII, isto é, porque após a
colheita do outono era mais fácil arrecadar comida e bebida para a grande
multidão de peregrinos que acorriam a Roma naquela oportunidade.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
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