O nome do deputado estadual Gilson Moura, frequentemente ligado a Rychardson de Macedo Bernardo, apareceu pela primeira vez, de forma oficial, relacionado às investigações da Operação Pecado Capital. O deputado não faz parte do processo, nem tão pouco foi denunciado. Contudo, um e-mail trocado entre dois réus, e interceptado pelo Ministério Público, cita Gilson Moura como suposto beneficiário de despesas pagas por uma das empresas de Rychardson. O e-mail foi lido ontem pelo juiz da 2ª. Vara Federal, Walter Nunes, durante audiência. A mensagem é a mesma que motivou pedido de investigação à Polícia Federal por por parte do Ministério Público, conforme divulgado pela TRIBUNA DO NORTE.
Foi durante o interrogatório do acusado Acácio Forte que Walter Nunes fez um questionamento acerca da mensagem. Acácio foi sócio de Rhandson de Macedo Bernardo, irmão e suposto testa-de-ferro de Rychardson, na empresa Platinum Veículos. O contexto da mensagem é o seguinte: Acácio, recém-saído da sociedade, reclama do pouco lucro recebido na empresa. Rhandson responde da seguinte forma: "Você acha que esse dinheiro ficou com a gente? Pergunte como foi paga toda a campanha de Gilson. Pergunte a ele como foi quitado o carro dele e a casa que ele acabou de trocar", diz o e-mail que está nos autos do processo e é utilizado como prova. Não foi citada a data da mensagem.
A mesma mensagem havia sido motivo de pedido de investigação por parte do Ministério Público Federal. Na última semana, o procurador Rodrigo Telles solicitou ao juiz Walter Nunes o envio dos processos 0007312-85.2011, 0007304-11.2011 e 0007305.2011, todos com quebras de sigilos e protegidos pelo segredo de Justiça, para a Polícia Federal. A intenção é investigar "o envolvimento de deputado estadual com os acusados".
Ao ser questionado pelo juiz, Acácio Forte confirmou que o e-mail havia sido trocado entre ele e Rhandson de Macedo após o fim da sociedade. Contudo, disse não ter responsabilidade sobre o seu conteúdo. "Era o que ele dizia", explicou, em referência a Rhandson. Em outras palavras, segundo Acácio Forte, Rhandson sustentava que parte do dinheiro da Platinum Veículos foi dividido com o deputado Gilson Moura, mas ele - Acácio - não tem como garantir que isso é verdade. Rhandson decidiu não ser interrogado.
A Assessoria de Comunicação da Procuradoria Regional da República informou que há de fato um procedimento relativo à pessoa de Francisco Gilson de Moura, mas que corre sob sigilo. Por isso, não é possível saber a data de início do procedimento ou o número, tampouco se já foi para a Justiça. Como se trata de suposto crime praticado por deputado estadual, há a prerrogativa de foro privilegiado e o caso só poderia ter seguimento no Tribunal Regional Federal, em Recife, caso haja indícios mais fortes de envolvimento.
Como a investigação já está em curso no âmbito da Polícia Federal, essa será uma das linhas de investigação acerca da Operação Pecado Capital. Como se sabe, a maioria das constatações do Ministério Público e das auditorias do Inmetro no Instituto de Pesos e Medidas do RN ainda está em investigação, segundo declarou à TRIBUNA DO NORTE o procurador federal Rodrigo Telles na semana passada.
Uma outra frente deve ser aberta a partir de agora. O procurador solicitou - e foi atendido pelo juiz - o envio de dados do processo da Operação Assepsia para 2ª. Vara Federal. Telles disse que deve haver conexões entre as operações Pecado Capital e Assepsia, sem detalhar quais conexões porque o procedimento corre em sigilo. A Operação Assepsia diz respeito a supostas fraudes em licitações dentro da secretaria municipal de Saúde e tem como investigados o ex-secretário de Saúde, Thiago Trindade, o procurador municipal, Alexandre Magno de Souza, e diretores da Associação Marca. O processo está em curso na 8a. Vara Criminal e os dados devem ser enviados para a Justiça Federal.
A mesma mensagem havia sido motivo de pedido de investigação por parte do Ministério Público Federal. Na última semana, o procurador Rodrigo Telles solicitou ao juiz Walter Nunes o envio dos processos 0007312-85.2011, 0007304-11.2011 e 0007305.2011, todos com quebras de sigilos e protegidos pelo segredo de Justiça, para a Polícia Federal. A intenção é investigar "o envolvimento de deputado estadual com os acusados".
Ao ser questionado pelo juiz, Acácio Forte confirmou que o e-mail havia sido trocado entre ele e Rhandson de Macedo após o fim da sociedade. Contudo, disse não ter responsabilidade sobre o seu conteúdo. "Era o que ele dizia", explicou, em referência a Rhandson. Em outras palavras, segundo Acácio Forte, Rhandson sustentava que parte do dinheiro da Platinum Veículos foi dividido com o deputado Gilson Moura, mas ele - Acácio - não tem como garantir que isso é verdade. Rhandson decidiu não ser interrogado.
A Assessoria de Comunicação da Procuradoria Regional da República informou que há de fato um procedimento relativo à pessoa de Francisco Gilson de Moura, mas que corre sob sigilo. Por isso, não é possível saber a data de início do procedimento ou o número, tampouco se já foi para a Justiça. Como se trata de suposto crime praticado por deputado estadual, há a prerrogativa de foro privilegiado e o caso só poderia ter seguimento no Tribunal Regional Federal, em Recife, caso haja indícios mais fortes de envolvimento.
Como a investigação já está em curso no âmbito da Polícia Federal, essa será uma das linhas de investigação acerca da Operação Pecado Capital. Como se sabe, a maioria das constatações do Ministério Público e das auditorias do Inmetro no Instituto de Pesos e Medidas do RN ainda está em investigação, segundo declarou à TRIBUNA DO NORTE o procurador federal Rodrigo Telles na semana passada.
Uma outra frente deve ser aberta a partir de agora. O procurador solicitou - e foi atendido pelo juiz - o envio de dados do processo da Operação Assepsia para 2ª. Vara Federal. Telles disse que deve haver conexões entre as operações Pecado Capital e Assepsia, sem detalhar quais conexões porque o procedimento corre em sigilo. A Operação Assepsia diz respeito a supostas fraudes em licitações dentro da secretaria municipal de Saúde e tem como investigados o ex-secretário de Saúde, Thiago Trindade, o procurador municipal, Alexandre Magno de Souza, e diretores da Associação Marca. O processo está em curso na 8a. Vara Criminal e os dados devem ser enviados para a Justiça Federal.
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