O vice-governador Robinson Faria, que comanda o PSD no Rio Grande do Norte, afirmou ontem que os parlamentares que anunciaram segui-lo na nova legenda vão cumprir a promessa. Mas não há garantia de que os seis deputados estaduais permanecerão sob o comando de Robinson. É que o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, não respondeu perguntas nesse sentido e afirmou que as decisões políticas desse processo serão tomadas pelo grupo, que se reunirá na próxima semana para definir a situação. Robinson crê que a sua legenda receberá o fortalecimento político de Gesane Marinho, Vivaldo Costa, José Dias, Raimundo Fernandes, Gustavo Carvalho e do próprio Ricardo.
Ao ser perguntado se os seis deputados iriam se filiar ao PSD, o vice-governador não titubeou: "Claro, somos unidos, um grupo que vem desde o PMN em um projeto que deu certo, em 2006, principalmente, quando ficamos com (a então governadora e candidata à reeleição) Wilma (de Faria) e Garibaldi Filho era o franco favorito. Na ocasião, fizemos a diferença". Apesar desse otimismo, Robinson sabe que existem entraves na concretização relacionada à filiação dos deputados.
Em um primeiro momento, Ricardo Motta pareceu estar em sintonia com o vice-governador ao dizer que recebeu a oficialização do PSD com euforia. "Todos os que formam o grupo de Robinson falam a mesma linguagem. Vamos estar satisfeitos e afinados com o que vier para fortalecer", afirmou Ricardo Motta, em Mossoró, onde foi realizada ontem a sessão da Assembleia Legislativa. Quando perguntado sobre quando seria a sua filiação, o tom da resposta foi outro: "Esse assunto será tratado com todos em grande mesa, como sempre foi discutido. Ninguém está falando em filiação ou 'infiliação'. O tema da política será tratado com todos os deputados", afirmou.
O certo é que o assunto incomodou Ricardo Motta e ele não quis fazer afirmações definitivas. Outra pergunta que ficou sem resposta foi relacionada à sua permanência no PMN, se tal fato estaria relacionado à sua ascensão à presidência da legenda. "Tudo isso será discutido com o grupo", disse. Especula-se que, além de Ricardo Motta, os deputados Vivaldo Costa, Gustavo Carvalho e Raimundo Fernandes não iriam mais se filiar ao PSD.
Quem não gostou dessa possibilidade foi o deputado estadual Antônio Jácome, que assumiu o comando do PMN com a saída de Robinson para o PSD. Ele não acredita que a permanência de Motta no PMN esteja condicionada a assumir o comando do partido. "Não briguei para se presidente e não pedi. Foi um convite da Executiva nacional. Não acredito que ele agiria dessa forma. Ele sabe que imposição e atropelamento na política são palavras que não soam bem", comentou.
Mesmo assim, frisou que o presidente da Assembleia continuará sendo bem tratado no PMN. "Não pelo fato dele ser o presidente da Assembleia, e sim por ser um deputado veterano, experiente e de família tradicional na política. Será bem-vindo se permanecer", disse.
Fonte: Jornal tribuna do norte
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