sábado, 4 de junho de 2011

"Rosalba sabe em quem pode confiar e como agir", diz José Agripino sobre partidos aliados

Rio Grande do Norte

Para senador, dificuldades no governo de Rosalba deve passar logo - Foto: Alexandre Costa

Em entrevista ao radialista José Wilson, da Rádio Cabugi do Seridó, o senador José Agripino Maia (DEM) comentou as greves que vem marcando o inicio da administração de sua aliada, Rosalba Ciarlini (DEM), além do relacionamento da governadora com partidos aliados e a criação do PSD. A entrevista foi por ocasião de sua vinda à Caicó, para participar de uma palestra sobre Barragem de Oiticica, na Câmara Municipal de Caicó.

Rádio Cabugi - Qual a avaliação que o senhor faz do lançamento do PSD no Estado?

José Agripino - Eu não tenho muito que falar sobre o PSD, eu falo sobre o meu partido. Sobre o PSD falam aqueles que aderiram ao PSD. Eles devem ter as suas razões, as suas justificativas e eles são que deve falar sobre a fundação do PSD, sobre o que eles pensam em fazer com o PSD, a palavra está com eles.

O senhor admite que o surgimento do PSD no Estado sob o comando do vice-governador Robinson Faria foi uma forma indireta da governadora Rosalba Ciarlini e seu esposo Carlos Augusto Rosado tentar esvaziar o DEM sob sua presidência?

Ninguém esvazia o DEM. O Democratas tem vida própria, o DEM tem valores próprios, o DEM é o partido que tem o melhor líder da Câmara e melhor líder do Senado, e tem uma grande governadora. O DEM tem uma formulação programática, tem um ideário, tem nomes respeitáveis e vai em frente independente da confrontação com qualquer outro partido, seja PSD, PTB, PMDB... ou qualquer um. O DEM vai em frente.

O DEM está atravessando uma crise nacional? O senhor ver isso?

Aquilo que já houve, já passou. Agora o DEM está consolidado. É um partido de oposição, que com 50, 40 ou 30 deputados, seja com quantos for não vai perder as suas ideias e vai exercer a oposição, vai fazer a oposição que a sociedade brasileira quer. O que é que o Brasil quer? Que exista governo, quem ganha eleição é governo e que exista oposição para fiscalizar o governo. Então quem não ganha eleição é oposição e não tem o direito de falsear, de não ganhar a eleição e aderir, isso nós não vamos fazer. O Democratas não vai aderir, o DEM vai cumprir o seu papel de exercer a oposição, não pra destruir, mas para consertar os maus feitos do governo.

Na sua opinião, os detentores do poder no Estado sendo filiados ao partido não deveriam ter poupado o partido deste esfacelamento no Rio Grande do Norte, até em uma homenagem ao senhor como presidente nacional?

Não. Nem considero isso. Homenagem é voluntária, quem quer homenagear homenageia, quem não quer homenagear não homenageia e eu não cobro homenagem e nem reciprocidade.

Qual a avaliação, considerando que o senhor foi governador mais de uma vez, sobre este estado de greves que se abateu sobre o governo. O senhor quando governador deu outras diretrizes ao entendimento governo x funcionalismo ou não admitiu o diálogo como está fazendo o atual governo?

O governo está com dificuldades financeiras, tem limitações institucionais, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas o governo está com o diálogo aberto, está com o diálogo oxigenado e a disposição é encontrar caminhos pela via do diálogo. Vai se chegar bom tempo em relação às greves.

O relacionamento da governadora Rosalba Ciarlini com os partidos aliados e lideranças tem provocado muitos descontentamentos e queixas. Com a sua experiência de governo o senhor acha essa convivência normal ou qual a sugestão que o senhor daria a governadora considerando até que estamos há praticamente um ano de eleições municipais?

A governadora é suficientemente madura para saber como é que pode e como é que deve se conduzir com os aliados. Ela tem o feito com acerto, ela não precisa de conselho pra acertar politicamente, ela tem agido corretamente, ela sabe em quem pode confiar e sabe como agir.

Segundo a imprensa, o senhor fez gestões para a consolidação do PP em outras mãos no Rio Grande do Norte. Inclusive, participando de reunião do presidente nacional com futuros dirigentes no nosso Estado. O aliado é confiável?

Os aliados que me procuram e que me entregam tarefas eu procuro ajudar porque eu ajudo aliados. A confiabilidade é uma relação muito pessoal e as pessoas que me procuram eu sei fazer a distinção exata de quem pode merecer a minha confiança e quem não pode merecer a confiança. E aqueles que procuram do PP, são pessoas que merecem a minha confiança.

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