Entra governo e sai governo, nada muda. Tudo permanece a mesma porcaria". O desabafo reflete a insatisfação do natalense com o trânsito da capital. Todos os dias, Vital sai de casa, no bairro Potengi, Zona Norte, às 7h da manhã para ir ao centro. Normalmente ele opta pelo trajeto na ponte de Igapó, e, além de se incomodar com os constantes engarrafamentos, precisa se livrar da buraqueira na Av. Felizardo Moura, no bairro Nordeste, ponto crítico que converge o trânsito entre as Zonas Norte, Oeste e Sul da capital. "A tendência é piorar. Governo facilitando financiamento de carros, lojas dividindo em até 70 meses. É triste essa situação", lamenta.
O aposentado tem razão. A frota de carros cresce a cada dia na capital. Já são 314.450 veículos circulando. Antes competência do Detran, desde 2000 o trânsito em Natal foi municipalizado, cabendo à Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob, antiga STTU), educar, planejar, executar e fiscalizar o cumprimento da legislação vigente.
Com a frota atual de 314.547 carros na capital, e o incremento da circulação diária dos veículos de outras cidades da região metropolitana, são basicamente três horários de pico: entre 7h e 8h30, por volta do meio-dia e das 18h às 19h30. Também cresce o número de ocorrências. No trecho da BR 101 entre Natal e Parnamirim, se concentram 30% de todos os acidentes com carro no Rio Grande do Norte.
Outro fator complicador é o aumento das multas. Até agora, este ano, já foram multados 30.209 motoristas. No ano passado, foram 90.055 e, há dois anos, 131.654. "Fala-se muito do crescimento da frota, mas ninguém sugere o transporte alternativo de massa, entregando o problema à estrutura viária", critica o inspetor Everaldo Morais, da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Para a prefeitura, não se deve avaliar o problema apenas na lógica local. A facilidade para se comprar um carro, proporcionado pelo incentivo dos governos, traz muitos prejuízos. "É bom para o mercado, mas o aumento da frota traz consequências ao meio ambiente, ao trânsito e até à saúde das pessoas, provocando estresse e acidentes", conta Haroldo Maia, secretário de trânsito da capital. "A solução é investir no transporte público. Implementar uma política de restrição do uso do automóvel", pondera ele.
O aposentado tem razão. A frota de carros cresce a cada dia na capital. Já são 314.450 veículos circulando. Antes competência do Detran, desde 2000 o trânsito em Natal foi municipalizado, cabendo à Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob, antiga STTU), educar, planejar, executar e fiscalizar o cumprimento da legislação vigente.
Com a frota atual de 314.547 carros na capital, e o incremento da circulação diária dos veículos de outras cidades da região metropolitana, são basicamente três horários de pico: entre 7h e 8h30, por volta do meio-dia e das 18h às 19h30. Também cresce o número de ocorrências. No trecho da BR 101 entre Natal e Parnamirim, se concentram 30% de todos os acidentes com carro no Rio Grande do Norte.
Outro fator complicador é o aumento das multas. Até agora, este ano, já foram multados 30.209 motoristas. No ano passado, foram 90.055 e, há dois anos, 131.654. "Fala-se muito do crescimento da frota, mas ninguém sugere o transporte alternativo de massa, entregando o problema à estrutura viária", critica o inspetor Everaldo Morais, da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Para a prefeitura, não se deve avaliar o problema apenas na lógica local. A facilidade para se comprar um carro, proporcionado pelo incentivo dos governos, traz muitos prejuízos. "É bom para o mercado, mas o aumento da frota traz consequências ao meio ambiente, ao trânsito e até à saúde das pessoas, provocando estresse e acidentes", conta Haroldo Maia, secretário de trânsito da capital. "A solução é investir no transporte público. Implementar uma política de restrição do uso do automóvel", pondera ele.
Frota de veículos de Natal
2011: 314.547
2010: 307.436
2009: 283.993
2008: 263.490
2007: 242.150
Fonte: Detran
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