No primeiro evento público após as eleições presidenciais, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) se reuniu deputados e senadores tucanos no Senado. Após o encontro, Serra disse que veio a Brasília por motivos particulares, para visitar os colegas de partido e "matar a saudade". Ele, no entanto, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Serra, Lula deixará uma herança "adversa" para Dilma Rousseff.
- A economia está com inflação ascedente, a taxa de câmbio supervalorizada, que está desindustrializando o país e ao mesmo tempo com atividade econômica caindo, especialmente da indústria. Ele está deixando um grande nó para o futuro governo, um nó de difícil solução, que vai custar muito caro ao país - afirmou.
- O Lula fica fazendo campanha para 2014 em vez de governar e procurar adotar soluções responsáveis para deixar o Brasil em menos pior situação para o ano que vem.
O ex-governador não quis comentar sobre a formação da equipe econômica do governo.
- Não vou opinar sobre formação de equipe da Dilma. Esse é um trabalho hoje mais para os jornalistas. Nós vamos ter de examinar como as pessoas e o próprio governo se desempenha a partir do ano que vem. Afinal será um novo governo.
Serra, no entanto, não poupou críticas ao Ministério de Educação. Segundo ele, o governo Lula conseguiu "aumentar a desmoralização" do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
Ao responder sobre o comentário da entrevista de Lula, de que ele teria que pedir desculpa pelo episódio da "bolinha de papel", o ex-candidato retrucou:
- Se alguém deve(desculpas) é o presidente Lula, porque como foi comprovado foi um outro objeto atirado em mim e isso, inclusive, está filmado. E o presidente Lula sabe disso. Acontece que o presidente Lula não perde o costume, ele continua fazendo campanha e talvez já tenha começado sua campanha para 2014 e dizendo mentiras. Inclusive, muito pouco apropriadas para uma figura de presidente da República.
Fonte: Agência Globo
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