Uma mulher foi executada pelo próprio marido dentro do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato, na Zona Norte de Natal. O crime aconteceu por volta das 13h30 do sábado, no horário da visita social do presídio. De acordo com informações do diretor do presídio, Túlio Melo, Samille Laine Lima, 22 anos, foi esganada por João Paulo Fassanaro, 24, dentro da cela. A vítima tinha levado o filho do casal para a visita, mas tudo indica que a criança não presenciou o homicídio. Após o crime, João Paulo foi levado à penitenciária de segurança máxima de Alcaçuz, e está na ala de isolamento. João Paulo cumpria pena em regime fechado por assalto. Agora foi autuado por homicídio e deverá ir a juri popular.
Segundo o diretor do presídio, ao ver a vítima caída no chão, algumas mulheres que estava no local, também visitando seus familiares, avisaram aos policiais. Logo em seguida o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado ao local, mas ao chegar, percebeu que não havia mais jeito. "Os médicos do Samu tentaram entubá-la, mas viram que a traqueia dela estava quebrada. Então, chamaram o Itep", afirmou. O filho do casal, uma criança de três anos, também estava no local do crime, mas segundo Túlio é possível que ele não tenha visto. "Lá tem uma televisão e as crianças ficam assistindo ou então ficam brincando. Ele não estava dentro da cela, na hora", disse o diretor do presídio. O Conselho Tutelar de Natal foi chamado para levar a criança, que foi entregue à família de Samille.
De acordo com um agente penitenciário, a motivação do crime teria sido traição. O agente ainda informou que o comportamento de João Paulo sempre foi normal e que ele nunca apresentou sinais de agressividade. "Essa mulher sempre vinha aqui, era esposa dele e nunca teve nenhum problema. Os comentários são de que ele teria sido traído. Mas não é certeza", disse o agente. O coordenador do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte, capitão José Deques Alves, disse que durante as visitas sociais, as celas ficam abertas e os presos podem circular, livremente, pelo pátio e refeitório do local.
Fonte: Jornal Diário de Natal
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