Na semana passada uma noticia deixou em alerta a população brasileira. No porto de Suape-PE, onde foram apreendidos contêineres com lixo hospitalar dos USA, importados por um empresário cearense, cuja sede da empresa fica no pólo de confecção do agreste pernambucano há 2 anos, precisamente em Santa Cruz do Capibaribe.
As imagens do lixo hospitalar são assustadoras. Contudo, o que tem assustado a população do agreste pernambucano tem sido a forma generalizada como alguns estão tratando o caso. Milhares de trabalhadores, comerciantes, industriais e empreendedores estão sendo jogados na vala comum. Essa generalização deixa a impressão de que todos os produtores de confecção do pólo pernambucano utilizam tecidos de lixo hospitalar na produção de roupas. O que não é verdade.
Com meio século de existência, a atividade confeccionista iniciada em Santa Cruz do Capibaribe e hoje espalhada por todo o agreste pernambucano, é ao mesmo tempo uma atividade cultural e econômica. É uma das mais exitosas experiências de desenvolvimento regional baseada no empreendedorismo. Porém, nada disso é capaz de impedir que empresários de outros estados venham para o agreste pernambucano manchar a imagem do pólo com práticas criminosas.
O pólo de confecção pernambucano é estruturado na micro e pequena empresa familiar. Tais empresas geram milhares de empregos, que por sua vez sustentam milhares de famílias em dezenas de cidades dos estados de Pernambuco e da Paraíba. É uma das atividades que mais e melhor gera emprego e distribui renda no nordeste brasileiro. Muito do que falo aqui pode ser comprovado na evolução do IDH das cidades que compõem o pólo de confecção do agreste pernambucano. Afirmou Bruno Bezerra, Diretor de desenvolvimento e empreendedorismo da CDL de Santa Cruz do Capibaribe-PE.
Em Fortaleza também foi encontrado tecidos oriundos de lixo hospitalar dos USA. A policia federal também investiga o caso.
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