Deu no Jornal o Globo - Que os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão preocupados com o ritmo de julgamento do processo do mensalão. Temem que ele só seja concluído após a aposentadoria do presidente da Corte, Ayres Britto, em 17 de novembro. Com exceção do relator, Joaquim Barbosa, e do revisor, Ricardo Lewandowski, os ministros já se convenceram da necessidade de diminuir o tempo de seus votos, e têm levado no máximo duas horas para se pronunciar sobre cada capítulo. Alguns integrantes do STF reclamam que Lewandowski deveria encurtar suas intervenções, especialmente em temas nos quais concorda com o relator.
Até agora, apenas dois dos sete capítulos do processo foram concluídos: o primeiro levou duas semanas e o segundo, pouco mais de uma semana. A expectativa dos ministros é que o próximo capítulo demande duas semanas, pois estarão em jogo o destino de dez réus. A partir de segunda-feira, serão discutidos os saques feitos em espécie por Marcos Valério e seus aliados no Banco Rural. Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro teve origem no fundo de investimento Visanet e foi gasto com o pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo em votações importantes no Congresso.
Depois dessa discussão, os ministros julgarão capítulos sobre o pagamento do mensalão: os saques efetuados por políticos e aliados no Banco Rural. Em seguida, analisarão as acusações de evasão de divisas. Por fim, o STF vai julgar se houve formação de quadrilha. Nessa parte, estarão na berlinda integrantes do chamado núcleo político: o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares. Ao final, os ministros votarão o cálculo das penas imputadas a cada um dos acusados.
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