domingo, 28 de agosto de 2011

Adesão do PMDB ao governo Rosalba Ciarline não foi unânime

Rio Grande do Norte

A adesão do deputado federal Henrique Eduardo (PMDB) ao governo Rosalba Ciarlini (DEM) ocorreu de maneira tradicional, com discurso de união, na convenção do Democratas. No entanto, faltou combinar o gesto com os deputados estaduais peemedebistas que seguem a orientação dele. Os parlamentares ainda não assimilaram a adesão de Henrique, que até o fechamento desta edição não havia conversado com eles sobre o assunto.

Na Assembleia Legislativa, os deputados Poti Júnior (PMDB), Gustavo Fernandes (PMDB), Nélter Queiroz (PMDB) e Hermano Morais (PMDB) apoiaram a candidatura do ex-governador Iberê Ferreira (PSB), por orientação de Henrique, e fazem parte da bancada de oposição ao governo Rosalba. Mesmo Henrique dizendo que seguirá a liderança do ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho (PMDB), que é de apoio ao governo, os parlamentares ainda veem a atitude com desconfiança.

Para Nélter Queiroz, a decisão mais correta de Henrique seria tomar para si a articulação com a bancada da Assembleia, sem orientar uma adesão ao governo. "Não vejo com bons olhos esse negócio de adesão. Eu defendo que o deputado se coloque à disposição para articular com a bancada a aprovação de projetos importantes para o estado. Dessa forma, a bancada discutiria os projetos junto à liderança dele e, em seguida, decidiria que posição tomar", sugeriu.

Já o deputado Poti Júnior cobra que Henrique reúna o partido para que a decisão seja tomada em conjunto, assim como ocorreu no início do ano, quando a legenda decidiu ser oficialmente independente tanto da gestão Micarla de Sousa quanto da administração de Rosalba Ciarlini. "Vejo Henrique hoje como um deputado que tem ajudado as administrações, independente de questões partidárias. Sou favorável a que o partido se reúna e decida em relação ao governo. Essa definição tem que ser de todos", afirmou.

Gustavo Fernandes, que tem suas bases eleitorais opostas às do DEM, no Oeste, não entendeu as palavras de Henrique na convenção do Democratas como a consolidação de uma aliança. "Henrique foi à convenção cordialmente. Mas, não houve convite oficial do governo para integrarmos à base aliada. Não houve reunião com os deputados. Em 2012, Henrique e Garibaldi estarão nos palanques do PMDB", avaliou o parlamentar.

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