sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Prefeito reduz pela metade expediente de servidores

Francisco Dantas/RN

Os servidores públicos lotados na Prefeitura deste município tiveram uma redução de 50% no seu horário de expediente, o que vem acontecendo há cerca de uma semana. A determinação foi adotada pelo chefe o Executivo local, Gilson Dias, procurando dessa forma de adequar a nova realidade imposta pelo repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que a cada mês tem diminuído de forma gradativa e, portanto, causando um verdadeiro mal assombro a gestores públicos comprometidos com a população.

"Nós estamos tentando com essa medida e outras que haverão de serem tomadas economizar qualquer tostão que venha a somar para a quitação da folha de pagamento. Fazemos isso para não sermos obrigados a demitir funcionários e assim cometer um maior constrangimento a pais e mães de família. Haveremos de economizar energia, cafezinho, combustível e assim por diante. O que tinha de ser feito nos dois expedientes, agora tem que ser apenas em um", disse.

O pequeno município de Francisco Dantas é mais um com coeficiente 0.6 que foi duramente atingido com a queda nos repasses do FPM. De acordo com Gilson Dias, há cerca de 12 meses, com o último repasse do mês era possível quitar a folha de pagamento, mas o que será depositado na conta da prefeitura hoje, 29, corresponderá há 80%. "Em hipótese alguma queremos atrasar o pagamento dos servidores. Mas de onde vamos tirar o dinheiro? Então teremos de adotar medidas severas para dessa forma ver se nos adequamos a essa dura realidade", declara.

Por sua vez, o prefeito assevera que em decorrência de alguns saldos em caixa, o pagamento dos salários dos meses de outubro e novembro poderão estar assegurados. "Mas temos aí as nossas portas o pagamento da folha do 13º salário a cumprir. Aí vai residir o grave problema".

Os problemas no município de Francisco Dantas, que a exemplo de Riacho da Cruz, onde o prefeito Marcos Aurélio também os enfrenta, se agrava com a grande estiagem que se abateu por sobre a região nestes últimos meses e diante da falta de recursos financeiros, carros-pipa que foram contratados para levar água até onde não existe mais também poderão ter os seus serviços paralisados. "Nós tínhamos aí funcionando dois tratores e um caminhão, mas esse vai ter que parar daqui a pouco porque não temos dinheiro. É muito grave a situação e o pior é que pelo que somos informados, só tende a piorar", conclui
 
Fonte: Gazeta do Oeste

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