São Paulo (AE) – O PV anunciou ontem que fará no dia 17, em São Paulo, a convenção para definir a posição do partido no segundo turno da eleição presidencial. Participarão dessa plenária aproximadamente 90 pessoas, entre eles 5 representantes do Movimento Marina Silva, 5 colaboradores do plano de governo, 5 delegados religiosos – integrantes de entidades cristãs -, candidatos da legenda que disputaram os pleitos estaduais, a executiva nacional da sigla e a coordenação da campanha da senadora Marina Silva (PV-AC), além de deputados eleitos da agremiação.
O presidente do Diretório Estadual do partido em São Paulo, Maurício Brusadin, adiantou ontem que a postura da minoria da legenda será respeitada e que cada militante terá o direito de ter um ponto de vista contrário ao que será definido. “Isso vale também para Marina”, afirmou Brusadin. Amanhã (07), um grupo formado por 21 cooperadores da campanha se reunirá para definir os dez itens da plataforma dela que serão sugeridos aos candidatos a presidente Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
“Vamos ver o quanto eles se comprometem com essas causas, mas também não vamos lidar com isso com a faca na garganta (de Dilma e Serra).” O presidente do Diretório Estadual do PV de São Paulo ressaltou que a negociação com petistas e tucanos será baseada no programa a ser apresentado a eles e que está fora de cogitação a discussão de cargos. “Não nos interessa ocupar cargo”, avisou.
Brusadin admitiu que existem divergências na sigla sobre qual rumo tomar. “A campanha de Marina é uma diversidade. É difícil dizer que tenha uma tendência” De acordo com ele, os entendimentos não podem partir do princípio de acordos da agremiação com o PSDB ou o PT feitos no passado porque o resultado das urnas deu uma nova situação política ao PV. “Hoje, o PV é outro partido. São 20 milhões de votos”, enfatizou.
Ontem, Marina Silva admitiu que pode haver divergências no PV sobre o apoio neste novo estágio do pleito, mas que se submeterá ao processo de debate. “Não tem como imaginar que se tenha um processo único, temos posições diversificadas. Não posso dizer que vai ser uma posição única”, disse. Marina pediu que o partido “não se apequene no discurso da conveniência”.
A senadora voltou a repetir o discurso de campanha de que tanto PT quanto PSDB não foram capazes de compreender os “desafios da sustentabilidade” e que os candidatos dos dois partidos a presidente são gerentes e não “estrategistas”.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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